Eu era uma criança com cabelos de bebê, soltando tapetes de fumaça no telhado de casa. Eu era meu único deus, eu era a sombra do vento. Eu apoiava minhas mãos em meu velho jeans e sorria muito. Nós tínhamos sonhos de poucas pessoas, de lugares pequenos e nenhum desconforto – Entenda, estar junto anulava tudo – Até chorar ontem à noite ou cair e ralar o queixo. Eram tempos estranhos, de afirmação. Muita coisa é irrelevante quando temos pouco tempo para pensar.
Queria que as coisas só levassem este rumo poético da minha mente, mas é sempre mais complicado e as pessoas também. Amargamente invejável – Esta é sua sorte. Boca sabor tabaco e trident... Acho que só sonhei demais estes dias, só que não estou deitado em nada!
Te deixei falando sozinho porque não tinha mais nada à fazer. Não há mais som de violão ou sua voz, apenas musicas de artistas desconhecidos, papeis amassados e eu tenho que acender meu próprio cigarro. Só – Esta história é um convite para meus pensamentos, os que surgiram agora, para que tomem forma e seja algo realmente relevante.
Então no fim: Aquilo tudo me dominou de tal forma, que temi não poder voltar para lugar nenhum, que meu lugar era ali, do seu lado, coisa absurda. O obliquo de seus olhos morteiros. Eram estreitos, como eu engatinharia por aquelas pequenas passagens e chegaria naquele horizonte... E se não houvesse um?