Em exatas três linhas, saberia exatamente o que e quem sou... Mas é muito mais prazeroso pensar, diante de uma unica imagem, o quão chata esta impressão seria, quando já se entende que três linhas, não é o bastante, assim como pelo meu nick, onde as mensagens não podem ser concluídas, com um maligno e miserável limite de letras. Estou certo? Não sei! – Niti Siouxsie

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Rascunho de Crônica que Virou Pseudo Poesia Ensebada – Coisa Alguma


É como observar um pernilongo lhe picando – É que eu prometi a uma amiga que transporia no papel três definições para o bom e velho amor; imaginei agora, mais alguém já se referiu ao amor como sendo “bom e velho” de forma tão insensata? É tão insensível ainda – Por tão pronta fala eu tenho certeza de que não defino amar; nem uma vez, quem me dera três. Ou quem sabe todas? É como gritar sem nem ao menos notar o quão incomodo está sendo, pode-se odiar, aceitar, é a vida. É querer ser o sono para cobrir alguém, em imagens sombrias de emoção – Quando na verdade se quer morrer, como a dor de estar indefeso. Não importa a procura de um definir concreto; é questão de futuro e passado, loucura. Mais tardar ou não, vira memória, e como não se pode correr atrás do que já passou, é jura de que o futuro não está aqui, pois aqui é passado. Mas isso já é fugir – Definir eu não posso.

Planta Carnívora


Quando acordei me apaixonei por meu dia; que de meu dia passou à minha vida. Ao dia dei nome de Dia – Pois o pseudônimo de mar a outro agora pertencia. Aquela claridade estava ali para ser amada. Queria tocá-la – O dia, este eu queria devorar, assim, feito planta carnívora que sou – Como de fosse um inseto; dentro de mim, em mim! Mas foi quando meu dia se apagou – Quando em outro lugar foi ser dia, me perdi – Chorei, me derramei em litros de água salgada. Mesmo assim o dia era tão bonito enquanto dormia; noturno ele era criança. Mesmo assim amei as vinte e quatros horas do dia, com suas imperfeições e deficiências, aquelas que eu conhecia, assim como aquelas que eram surpresa, inesperadas suas partes, como flor que se desenrola... E talvez este – O Meu Dia – Quem dera fosse também planta carnívora? Mas outros dias vieram, nestes só fui sabotado. Podado. Nenhum dia é como outro, o dia que amei, não foi nem em sonho, o dia que veio – Não mais tentei comer nada maior que eu, apenas insetos. E mesmo assim ainda vejo, na noite que chega os olhos fechados. Meu dia que dormiu, e nunca mais acordou.